Filha do ex-prefeito e atual vereadora na cidade não pode assistir reunião para definir destino de um grupo de artesãos

A vereadora Ana Paula Rossi (PMDB) utilizou a tribuna da Câmara de Osasco, na sessão ordinária desta terça-feira, para denunciar que foi impedida pela secretária-adjunta de Governo, Marisa Elizabeth da Silva, de participar de uma reunião realizada na secretaria, nesta segunda-feira. A vereadora pretendia acompanhar, como ouvinte, as discussões sobre o destino que será dado pela prefeitura ao grupo de artesãos desalojados da feirinha do Largo de Osasco, mas foi barrada porque não participa da comissão designada pelo prefeito Emidio de Souza (PT).
“Compareci a convite de um dos participantes e, chegando lá, fui surpreendida pela secretária-adjunta, que, de forma ríspida, disse que eu não iria participar”, contou. Ana Paula frisou que tentou explicar sua intenção de querer apenas acompanhar a reunião, mas, segundo ela, foi tratada de maneira “arrogante” e “desrespeitosa”.
Marisa respondia pela pasta em substituição ao secretário municipal Jorge Lapas, ausente da cidade na ocasião. Ana Paula leu, durante a sessão, o parágrafo da Lei Orgânica do município que determina que “os vereadores são invioláveis na circunscrição da cidade”, com direito ao livre acesso a qualquer repartição pública e também ao atendimento pelos representantes do poder público.
“Além de ser um desrespeito comigo, como cidadã e como autoridade, o que aconteceu mostra que a secretária-adjunta é totalmente despreparada para exercer a função, pois desconhece a atribuição de um vereador”, criticou. O presidente da Câmara, Osvaldo Verginio, reclamou do que considerou como “falta de respeito” com a peemedebista, que também recebeu apoio dos tucanos André Sacco, Sebastião Bognar e Jair Assaf.
A versão da secretária
A secretária-adjunta disse, ao Diário da Região, que a vereadora “não foi impedida, mas apenas informada de que não poderia participar”. Marisa explicou que recebeu Ana Paula pessoalmente e negou que o tratamento dispensado tenha sido ríspido.
“O que aconteceu é que ela foi informada que era uma reunião de uma comissão composta por quatro pessoas, nomeadas através de portaria do prefeito, com a incumbência de estudar a reestruturação da feira”, disse Marisa.
Por Guilherme Lisboa
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