
O bispo de Franca, d.Pedro Luiz Stringhini, que tem um padre acusado de abusos sexuais contra menores em sua diocese, disse que pedirá a inclusão do tema, buscando para isso o apoio de outros bispos.
O presidente da CNBB, d. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), declarou que a presidência não tomará a iniciativa de incluir a pedofilia na pauta porque a relação de assuntos a serem tratados já foi definida com antecedência pelo Conselho Permanente, de 39 membros. "Se algum bispo pedir a discussão desse tema, caberá ao plenário decidir se a proposta deve ser aceita ou não", disse d. Geraldo.
O tema central será a Palavra de Deus (Discípulos e Servidores da Palavra de Deus e a Missão da Igreja no Mundo) e um dos assuntos prioritários serão as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).
D. Pedro conversou ontem com d. Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito (aposentado) de Blumenau (SC), que durante oito anos foi o responsável pelo setor encarregado da formação de seminaristas e do acompanhamento de diáconos e padres no país. "Seria um absurdo se a pedofilia não fosse discutida na assembleia da CNBB, pois se trata de problema gravíssimo", afirmou d. Angelico.
Os bispos poderão debater a pedofilia em plenário ou optar por uma sessão privativa. Em qualquer uma das hipóteses, o episcopado publicaria uma declaração da Assembleia-Geral sobre a questão - condenação dos abusos, punição dos culpados e, com certeza, uma palavra de repúdio à suposta tentativa dos adversários de envolver o papa no escândalo.
Fonte: José Maria Mayrink, O Estado de S. Paulo, JB Online
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